quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

E agora, José? José, para onde?

Eis que após um longo e tenebroso período de expectativas, o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB/RJ), acatou um dos vários pedidos de Impeachment da presidente Dilma Rousseff (Não sem antes ver naufragar um acordo com o PT para blindar, ele Cunha, na comissão de ética da casa), e portanto, dará prosseguimento aos tramites normais do processo, criando assim, um ato político que mexeu com as estruturas da República, já tão abaladas com a montanha de escândalos que surgem à toda hora na imprensa e nos tribunais, tendo como último "capitulo", a prisão do líder do governo no senado Delcídio do Amaral (PT/MS).

Como nunca deixei de fazer aqui neste blog, vou deixar clara a minha opinião e meu posicionamento quanto á todo esse processo que, pelo que parece, ganha uma enorme força, após a decisão de Eduardo Cunha:Sou favorável sim ao impedimento da presidente, pois ela perdeu toda a legitimidade(se é que teve), que lhe foi conferida nas urnas, as mentiras, a falta de um projeto de gestão, as denuncias de corrupção (cada vez mais, batendo às portas do palácio do Planalto) são motivos suficientes para que Dilma deixe a presidência da República, essa conversa de que: "Ela é legitima, porque o povo à escolheu", não passa de falácia, o mesmo povo que escolhe, tem, através de seus representantes, o poder de tirar do poder o eleito (lembram-se de Fernando Collor?), Dilma não possui condições morais, políticas e administrativas de continuar governando (?) o País, a democracia elege,mas também, retira políticos.

Outro aspecto que quero deixar claro aqui também, ao ser a favor da saída da presidente, não me coloco como "defensor' de Eduardo Cunha, sou favorável à sua saída também, bem como, as saídas de todos os parlamentares, ministros e figuras públicas que estejam sob investigação criminal (sim, defendo a tese de que, ao ser investigado, a figura pública seja afastada das suas funções até a definição do caso), então, essa história de que "Ao ser a favor do impeachment, sou a favor de Cunha" é outra falácia com o intuito de confundir a sociedade (já conversei aqui neste Blog sobre isso, é o processo de Desinformação), uma coisa não está associada à outra, como tenta dizer, por exemplo, o PSOL.

Porém quero deixar exposto aqui que, o mais importante de tudo é que se combata, sem tréguas, as estratégias e posições do "Foro de São Paulo", a organização criminosa que está por trás da ascensão de populistas de esquerda na America Latina e do crescimento assustador das guerrilhas e do narcotráfico na região. Sem um combate direto e duro contra essa organização, qualquer tentativa política será insuficiente, visto que, o Foro de São Paulo, exerce uma enorme influencia nociva na região e precisa ser aniquilado. O impedimento de Dilma (ou  a sua renuncia, como eu acredito que aconteça) não deve ser encarado como um objetivo fim e sim, como um meio de se chegar até onde interessa, que é desmascarar e destruir como Foro de São Paulo, esse processo é lento e penoso, mas o simples fato de já ser comentado na sociedade, considero uma grande vitória nessa luta.

Estamos em um momento histórico impar, é necessário que aqueles que querem, de fato, melhorar o Brasil, estejam à postos na luta contra a influência do Foro de São Paulo e suas artimanhas, o começar do processo de impeachment na Câmara é somente uma frente de batalha, precisamos ir para dentro dos chamados 'meios de formação de opinião" (escolas, universidades, meio artístico, movimentos de base, igrejas) e começar a transformar, para melhor, o pensamento de nossa sociedade, chega de "pensamento único", viva a livre expressão do pensamento e do estudo sem barreiras ideológicas!

A decisão está em nossas mãos, a pergunta é: "E agora, José?"


Ele disse...

"O povo brasileiro deu a demonstração de que é possível o mesmo povo que elege um político, destituir esse político.Peço a Deus que nunca mais esqueça essa lição", Jair Messias Bolso...ei..desculpa, a frase é do Lula!!!

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Saída


Minha vida é bastante corrida, mal tenho tempo para acessar este blog e, portanto, acabo privando os amigos de alguns textos que até me vêem à cabeça, mas acabam não sendo escritos em função das atividades que tenho, bem. mas agora que estou aguardando o horário para ministrar uma palestra aqui em Estrela/RS, não posso deixar de comentar o absurdo político que assombrou o Brasil nesta manhã: A prisão do senador petista Delcídio Amaral/MS, não somente um simples senador, mas o líder do governo no senado.

As gravações obtidas pela Polícia Federal, através do filho do ex-diretor Nestor Cerveró (preso em Curitiba pela "Operação Lava Jato"), são para assustar até aquele mais cético analista político, que durante mais de 25 anos de militância política, já viu coisas assombrosas e que deixariam qualquer um dos leitores boquiabertos, porém, o conteúdo ao qual tive acesso através da imprensa é realmente um abuso total, um verdadeiro deboche à democracia e ao estado de direito (não vou aqui cair naquele discurso de "desinformação", de que "todo mundo faz"), o que o senador Delcidio fez, é gravíssimo e deve ser investigado, julgado e a punição, sempre em caso de condenação, deve ser a mais severa possível, isso no âmbito da justiça, na esfera política, não enxergo outra alternativa senão a cassação do mandato de Amaral, por "espedaçar" o decoro parlamentar.

Mas não somente Delcidio deve sofrer consequências desse crime, os demais envolvidos e, bem como, o atual governo, não pode mais ficar com a chamada "Cara de Blasé", como se nada disso que está acontecendo não seja de responsabilidade do grupo político que governa o País à mais de 14 anos, chega, a sociedade não aguenta mais tanta provocação, tanto deboche, tantos crimes acontecendo, enquanto o País está atolado até o pescoço, em uma crise econômica que só tende a crescer, muito em função de um governo que não tem mais legitimidade (se é que teve), de governar.

O "caso Delcidio" só reforça um "pedido" que faço enquanto cidadão e que os meus inúmeros amigos petistas hão de compreender, eu peço, peço não, exijo, a renuncia da presidente Dilma, por total incapacidade de governar e por perda total de legitimidade no exercício do mandato, essa senhora não tem mais nenhuma condição de continuar à frente dos destinos da Nação, sei que a minha exigência nem chegará aos ouvidos dos figurões de Brasília, mas sei que não sou o único a bradar por isso, e não existe poder mais legitimo do que a verdadeira vontade popular, a sociedade que um basta nisso tudo, gostaria muito que a presidente tivesse um minimo ato de bom senso, algo que, demonstrou não ter durante todo esse período no Poder.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

A arte de escrever

Trabalhando na madrugada, digitando a revisão de um trabalho, conectado nas redes sociais, ouvindo música e vendo tv, como é habito que tenho ao trabalhar em casa, sou surpreendido com uma entrevista do antropólogo Roberto Da Mata, uma conversa leve, bem humorada, sem nenhuma das chamadas "discussões acadêmicas" tão maçantes que são para mim hoje (isso será tema de um próximo texto que escreverei), mesmo que eu tivesse sentindo um pouco a falta de ouvir um pouco mais do conhecimento do professor Roberto.
 
Mas houve uma questão que me chamou muito a atenção e foi o motivo de escrever este texto, a essa hora da madrugada e deixando um pouco de lado o trabalho que estou fazendo, foi quando Roberto Da Mata comentou sobre a dificuldade de se escrever uma crônica/coluna/artigo para jornais e revistas, sejam estas, diárias ou semanais, esse assunto me chamou bastante a atenção e lembrei do tempo em que exerci essa função, semanalmente, para um jornal e um site, quando morava no Paraná.
 
Era sempre algo que consumia bastante a minha semana, ficava completamente atento à tudo que acontecia ao meu redor (minhas colunas eram sobre política, bah, que baita pauta eu teria agora, não é?) e acabava consumindo muito do meu tempo semanalmente, e o mais interessante é que, seu texto acaba sendo consumido em menos de um minuto pelos leitores que não fazem ideia do tempo e das horas de preparação que um texto como esse requer (bom, isso para mim acaba sendo irrelevante, importa é o que um texto meu pode impactar em um leitor e não o fato dele saber ou não, o tempo que levo para conceber o referido texto), sou um ardoroso fã daqueles que conseguem a proeza de escrever colunas diárias em jornais, é uma das atividades que ainda gostarei de ter, antes de morrer (mesmo que o conceito do jornal impresso tende a acabar, a mídia digital, pode me permitir alcançar esse objetivo).
 
Escrever é uma arte, escrever bem, chega a ser algo "divino" e isso é uma atividade que estou vendo diminuir de qualidade neste País, hoje, os "escribas" se ressumem muito à blogs (é verdade, este espaço aqui é um Blog) e sites pessoais, isso faz com que o autor acabe não se esmerando tanto em seus textos, pois, como é uma atividade pessoal e até diletante em alguns casos (como o meu!) e acabam não caprichando um pouco amis, no conteúdo de seus textos.
 
Me causa temor saber que uma das etapas mais difíceis de um vestibular, concurso ou ENEM, é a prova de redação! Nossos jovens cada vez mais estão perdendo o hábito de escrever, principalmente à mão (quase uma heresia nos dias de hoje), muito em função de não lerem mais noticias do cotidiano, das atualidades do mundo, e não somente aquelas referentes aos seus ídolos e gostos, fui educado por meus pais a ser um voraz leitor de tudo, não importando gênero, autoria ou temática, o importante em minha formação foi o hábito da leitura e esse "vicio" acabou resultando em minha paixão por escrever (deixo aos leitores do Blog a opinião sobre a qualidade dos escritos) e essa paixão é tão grande, que mesmo quando não tem necessidade de escrever sobre nenhum tema relevante sobre algum assunto em destaque no momento, eu recorro à temas que me causam inquietação e que, não que sejam menos importantes, acabam não tendo um grande destaque em escritos diários.
 
Escrever é uma arte, eu já disse, saber escrever é divino, repito, e acrescento: saber o que escrever, pode se tornar uma 'arma", capaz de influenciar pessoas e sociedades, servir para construir grandes projetos, bem como, para destruir com mentes brilhantes, por isso que devemos sempre nos atentar para o que está escrito, nenhuma prática advém do nada, sempre existe uma motivação teórica, por mais desorganizada que seja, por trás e geralmente essa movimentação teórica se dá por escritos, basta olharmos ao redor, para perceber essas ações presentes em nosso dia a dia.
 
Bem, são essas as pequenas indagações que me vieram à mente quando da entrevista que já acabou há horas e ainda estou eu aqui, a falar sobre ela, bendita tv ligada enquanto trabalho até altas horas da madrugada, e falando nele, deixe-me voltar ao meu trabalho, ainda terei muito o que escrever.

domingo, 1 de novembro de 2015

A Desinformação

A maioria de nós, cidadãos comuns, não temos a minima ideia do conceito de "desinformação". Para os incautos, desinformação é, simplesmente, uma informação falsa que é passada apenas para fins de propaganda, ledo engano, essas pessoas não fazem ideia de que desinformação são ações organizadas e complexas, milimetricamente calculadas para se atingir á um determinado objetivo, sendo que, segundo observações sobre o tema, cerca de noventa por cento desses objetivos não é do influenciar as multidões, mas sim de atingir alvos bem específicos (governantes, grandes empresários, chefes militares, etc), a intenção real é a de levar esses líderes a adotar estratégias que vão de encontro aos seus interesses, sem que os mesos percebam o que está acontecendo.

Aquela "desinformação propaganda", que acreditamos ser a única, trabalha apenas com aqueles dados políticos que estão ao alcance da sociedade, a desinformação propriamente dita, manipula informações técnicas e extremamente especializadas de extrema importância para as decisões que são tomadas pelos líderes que, têm em suas equipes da mais alta confiança, agentes que trabalhem com esse grau de competência na arte da desinformação.

Mas é possível que alguns leitores deste Blog possam ter o seguinte pensamento: "Espera ai, informações falsas não são usadas com frequência pelos militares e por governos?". Isso é verdade, no próprio livro "A Arte da Guerra", Sun Tzu diz: "A arte da guerra consiste substancialmente do engodo", isso no século V a.C. E a história humana está recheada de exemplos desse tipo de ação; Calúnias contra determinadas etnias e povos já foram construídas, para justificar ações de perseguições á estes grupos. Na Revolução Francesa por exemplo, temos um exemplo muito forte dessa "Indústria de mentiras", durante o período revolucionário francês, muitas inverdades foram disseminadas pelos líderes revolucionários como intuito de justificar os atos de perseguições à aqueles grupos que representavam qualquer tipo de ameaça ao regime emergente.

Mas isso não é desinformação, é apenas um conjunto de informações mentirosas que são orquestradas por um determinado grupo, para que possamos compreender o que é, de fato, desinformação, temos que recorrer ao revolucionário russo Vladimir Lenin. Ele compreendeu que se pudesse elevar a técnica de informações falsas dos militares para campos mas estratégicos da política, cultura, educação, etc, ou seja, transformar a mentira que era apenas a base da arte guerreira em uma ação mais orquestrada dentro da estrutura governamental, enfim, um instrumento de engenharia social e política e isso acabava transformando toda a convivência social em uma verdadeira "Guerra", uma guerra integral e permanente.

Em 1939, quando Hitler usou pela primeira vez a expressão: "Guerra Total", para identificar um tipo de "Guerra Moderna", um tipo de guerra que não envolvia apenas os políticos e os militares, mas toda a sociedade, ele usou algo que já existia desde 1917, com a Revolução dos Soviets, mesmo sem que esses soviets tivessem algum inimigo externo declarado, O governo revolucionário criado por Lenin baseava toda a sua política interna e externa com uma enorme e organizada estratégia de desinformação, tanto que quando ocorreu a famosa "abertura econômica (que foi planejada como etapa dialética de uma estatização total), foi amplamente decantada como uma diminuição da violência revolucionária, não com o intuito apenas de atrair capital estrangeiro, mas principalmente, com o objetivo de "convencer" os países ocidentais a não apoiar qualquer ação contra-revolucionária.

Essa estratégia foi tão bem criada e executada, que vários dissidentes do regime de Moscou, desamparados que ficaram no exílio e iludidos pelos falsos sinais de democracia vindos da Russia, acabaram voltando para o País, o resultado disso a história nos conta, foram fuzilados assim que voltaram. E daqueles que não voltaram, muitos foram perseguidos e assassinados em seu próprio exílio por aquela que haveria de se tornar a agência de Inteligência soviética: a temida KGB. Mas isso tudo aconteceu sem que ninguém percebesse o que estava sendo feito? Por incrível que pareça, as grandes potência ocidentais estavam completamente despreparadas para esse tipo de estratégia, só para que o amigo leitor tenha uma ideia, os Estados Unidos só tiveram um serviço de inteligência para ação externa, um pouco antes da segunda guerra mundial, sendo que todo o processo de infiltração cultural soviética (que foi a cooptação, através do convencimento ou compra das principais referências intelectuais e dentro da classe artística) se inicia nos anos 20, para se ter uma noção da diferença, os americanos só vão conseguir dar uma resposta na mesma proporção com a criação da CIA na década de 50 e, mesmo assim, a ação foi sufocada pela pressão da mídia, alegando que tudo não passa de uma "histeria anti-comunista".

É bom ressaltar que esse tipo de ação de desinformação em grande proporção, só é possível ser executada por um governo totalitário, onde esse governo controle os meios de difusão ou mesmo em organizações clandestinas, onde seus líderes tenham poder total sobre os seus militantes, Qualquer tentativa similar em um ambiente democrático, vai encontrar uma barreira enorme na constante fiscalização da imprensa e do poder legislativo. Portanto, nas democracias ocidentais, não há nenhuma ação equivalente a desinformação soviética. Obviamente que um governo pode fazer uma extensa propaganda mentirosa, mas não tem como fazer desinformação, pois vai faltar para este governo, o controle calculado dos efeitos, que é a principal característica da técnica leninista.

E justamente a liberdade de informação dos países democráticos, sempre foi uma "aliada" fantástica para a desinformação soviética, não somente pelos constantes vazamentos de informações secretas do governo para a imprensa, mas também pela enorme facilidade de espalhar informações falsas pela mídia, sempre ávida por escândalos e denuncias. Um vez, o general soviético Ivan Agayants, que foi por muitos anos chefe do serviço de desinformação da KGB, chegou a declarar: "Se os americanos não tivessem a liberdade de imprensa, eu a inventaria pra eles", tamanha a facilidade de plantar noticias falsas na imprensa norte americana.

Tenho me interessado bastante sobre o tema, me chamou muito a atenção quando comecei a pesquisar sobre isso e perceber o quão devastador foi a ação de desinformação soviética no ocidente e como esse processo perdura até hoje, mesmo com o fim da União Soviética (só para que o amigo leitor possa pensar: Quantas pessoas que estiveram em Cuba e receberam de agentes da KGB, aulas sobre a técnica de desinformação, são hoje, formadoras de opinião aqui no Brasil?). O movimento comunista é algo orgânico, sem ser palpável, o simples fato de muito se alardear que não existe mais essa coisa de "Esquerda x Direita", é uma eficaz técnica de desinformação, com o intuito de desviar o foco do confronto ideológico,para alguns eu posso parecer um lunático que enxerga conspiração em tudo, mas basta se aprofundar um pouco mais nos estudos, sair da "doutrinação ideológica" da educação brasileira, que você começa entender melhor esse processo.

Mas, se estudar é algo maçante e ninguém mais tem "tempo" para isso, vou fazer um gratuito comercial de cinema: Assistam os três filmes da série "Jogos Vorazes" (sim, um filme feito para adolescentes!) e neles, será possível perceber muito bem como funciona o processo de desinformação, analisem principalmente o segundo filme da série e observem como é a ação daqueles que lutam contra o regime que controla a fictícia terra onde se passa a trama e toda a engenharia que é utilizada para que o próprio governo, tome atitudes que acabaram por enfraquece-lo, propiciando um processo de revolta popular.

Lembrando sempre que a desinformação pode ser usada na iniciativa privada também, é mais difícil, porém é possível de ser feita, para beneficiar uma determinada empresa ou um determinado segmento, basta que você consiga colocar pessoas com um treinamento para tal e com uma lealdade que ultrapasse a simples questão financeira, afinal, apesar de muitos não pensarem assim, existe uma escolha que terá que ser feita por aqueles que desejam liderar: Poder ou Dinheiro.(essa escolha, por exemplo, parece ter "atrapalhado algumas figuras públicas brasileiras).

sábado, 31 de outubro de 2015

O Desafio da Unidade

Como os amigos  leitores do blog já sabem, sou católico por formação e de alguns anos pra cá, tenho buscado estudar bastante sobre a doutrina da Igreja e sua filosofia, e os leitores também já perceberam que eu não realizo e nem participo de nenhuma polêmica pública sobre assuntos internos da Santa Madre Igreja, procuro travar esse tipo de discussão e debate com pessoas que são católicas e que se interessam pelos assuntos e crescimento da Igreja e não em sua destruição, detalhe, falo de assuntos internos e não sobre os temas gerais e que são as opiniões da Igreja.

Alguns podem se perguntar o Por que de agir dessa forma: Eu aprendi, dentro da própria Igreja, que assuntos que dizem respeito à instituição, devem ser tratados no âmbito da própria Instituição e depois que todas as divergências forem debatidas e se chegar em uma decisão, essa decisão deve ser defendida por todos os membros da Igreja (até aqueles que antes discordavam dessa posição, mas que foram "vencidos"no debate interno), essa postura vem sendo usada por centenas de anos pela Igreja e a mantém como a mais sólida Instituição humana há cerca de 2.000 anos.

Mas porque eu estou tocando neste assunto aqui no Blog? Todos sabem que o Brasil passa por uma grave crise sócio/política/econômica sem precedentes na sua história, o governo federal está sem comando (a presidente e seu partido não possuem legitimidade para governar) e as instituições políticas estão postas em cheque pela sociedade, e esse é um momento fundamental para quem deseja conquistar espaço estar unido, em uma postura de oposição e com um discurso e uma prática coesa em busca dessa conquista.

E foi com muito espanto e incredulidade que acompanhei essa semana, aqui em Porto Alegre, um evento capitaneado pela ex-governadora do Rio Grande do Sul Yeda Crusius, se intitulando "Movimento PSDB Democrático" e que, pelo que pude apurar, alega "irregularidades" e "falta de legitimidade" por parte da atual direção estadual Tucana e com ataques diretos ao deputado Nelson Marchezan Jr (presidente estadual do PSDB/RS), o tal evento contou com a presença de um grupo pequeno de filiados, além de políticos de outras legendas (algo impensável em uma Instituição política), esse movimento foi feito em um ato público, articulado e que demonstra claramente a intenção do grupo em ir para um confronto interno.

Ora, se os idealizadores desse grupo se preocupassem um pouco em estudar política, teriam percebido que esse tipo de ação em nada beneficia o Partido, pelo contrário, apenas expõem para a sociedade a dificuldade deste grupo em aceitar as decisões internas de seu próprio Partido, e isso não agrega, muito pelo contrário. Assuntos internos devem ser tratados de forma interna ou "Roupa suja se lava em casa", o PSDB hoje é o principal partido de oposição ao governo do PT, tem todas as condições políticas (se souber ocupar os espaços) de ser a alternativa mais viável para 2018, não pode se dar ao "luxo" de ter o que se acostumou a chamar de "Fogo Amigo",

Aqui no Rio Grande do Sul não é diferente. O Partido começa a se reorganizar, teve a vitória de seu candidato Aécio Neves nas eleições passadas e está construindo candidaturas municipais fortes e competitivas para o ano que vem na capital e nas principais cidades do Estado (façanha que, mesmo já tendo elegido 3 vices governadores e 1 governadora, jamais conseguira antes no Rio Grande do Sul) e com o desgaste do PT e do PMDB no Estado, possui amplas condições de se firmar como a maior força política aqui, dos Pampas. Mas para que isso aconteça, é preciso que o Partido seja coeso, e unido. Com um discurso coerente com a realidade e unívoco para a sociedade; e não se enfraquecendo e desgastando com disputas internas que apenas expõem e enfraquecem a legenda.

Espero que os "líderes" deste Movimento tenham um minimo de bom senso e percebam o equívoco que estão cometendo e deixem para discutir e definir os assuntos internos do Partido, dentro do Partido e não como uma peça de "Comédia Bufa".

Em tempo, sou filiado ao PSDB desde 1992 e desde 2010 não milito de forma orgânica na legenda, mas, após convite de amigos queridos aqui do Rio Grande, resolvi voltar à militância.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Um discurso aqui, uma ameaça velada ali...e por fim, Paredão!

Eu não sei se a expressão: "Quanto mais eu rezo, mas assombração me aparece" está fazendo efeito para mim nos dias de hoje, são tantas coisas acontecendo nesse País que começo a pensar se rezar demais está funcionando adequadamente, a última excrescência que me foi mostrada, trata-se de um trecho de um discurso do ex-candidato à presidente pelo PCB Mauro Iasi, que é professor de uma Universidade pública no estado do Rio de Janeiro, é que, citando um poema de Brecht, faz uma 'convocatória" para a platéia de que: "Com os conservadores, não tem dialogo" e que, para um "bom conservador" somente um "bom paredão" (assista o vídeo em https://www.youtube.com/watch?v=9ooWBj8FeuI ).

Eu aqui imaginando, esse senhor, se diz "professor" (a mais bela e importante das profissões, em minha opinião) é lotado em uma UNIVERSIDADE PÚBLICA e acaba sendo responsável (?) pela formação de profissionais, dos nossos filhos, fala em democracia e prega o discurso do ódio, da aniquilação, do extermínio daqueles que não pensam igual a ele, isso é desprezar completamente o conceito de democracia, do contraditório, da divergência de ideias que é um elemento fundamental para que possamos avançar em seja lá qual for o assunto.

Mas é bom deixar claro que esse tipo de pensamento não é exclusividade do senhor Mauro Iasi, esse pensamento é o pensamento é dominante na esquerda (enquanto ideologia) e acabou resultando em chacinas e perseguições de milhões de pessoas nos regimes socialistas no mundo inteiro (basta ter o interesse e pesquisar), o pensamento da esquerda parte do principio da "construção do novo homem", do "homem do futuro", esse pensamento remete a ideia de que a esquerda não se preocupa em analisar os avanços sócio políticos do passado, em função de acreditar que sabe qual será o "futuro" na sociedade socialista e nada daquilo que você quiser apresentar como argumentos históricos para mostrar consequências de algumas ações, isso fere a "verdade" socialista, portanto, em semelhança com o pensamento de fundamentalistas do Islão, se fere a "nossa verdade", tem que ser exterminado.

Independente de qualquer coisa, eu escrevo esse texto pela ameaça de morte que eu e todos aqueles que pensam diferentes do senhor Mauro Iasi, recebemos deste dito "professor", e quero pedir aos amigos leitores que não concordam com esse discurso de violência, que me ajudem, assinando um abaixo assinado que está passando pela internet, pedindo que esse senhor seja exonerado da Universidade à qual ele pertence, isso é apenas uma das ações, a outra é solicitar ao Ministério Público que esse senhor responda um processo por ameaçar pessoas de morte, evidentemente, dentro das leis que regem esse País.

Decidi não mais ficar calado diante de tantos absurdos que são ditos, escritos e propagados pelas redes sociais e que agridem a democracia e o direito ao bom debate.

domingo, 18 de outubro de 2015

Quem atrapalha?

Como os amigos leitores deste blog e que me acompanham sempre por aqui sabem, participei de uma ação voluntária para atendimento às vitimas dos alagamentos na região da ilhas aqui de Porto Alegre, ação essa que foi organizada pela ONG  AmoBem (Associação movimento do Bem) e que além de distribuir mantimentos (roupas, cobertores, alimentos), servimos também comida para os desabrigados e também voluntários médicos da ONG fizeram atendimento de saúde para aqueles que não conseguem sair de suas residências e que se encontram sem nenhum tipo de atendimento.

E justamente esse é o ponto que quero abordar aqui neste texto, o descaso com o qual essas pessoas estão sendo tratadas (?) por quem gerencia a saúde no município de Porto Alegre (e que, de certo modo, reflete como a saúde pública é tratada pela maioria de nossos gestores público, Brasil afora) e vou tomar como parâmetro um relato de quem esteve no local e atuou diretamente no atendimento dos habitantes do local, o relato é claro e direto, mas triste por se tratar de algo real:

"..O saldo realmente foi positivo mas impossível voltar pra casa sem a sensação de que poderia ter feito tão mais se tivéssemos tido o apoio mínimo de quem deveria estar lá prestando o apoio máximo, ou seja, a saúde do município.
Aquelas pessoas estão sendo tratadas pior que cachorro!
E não tem um paracetamol para dor de cabeça pra tomar
Nós fomos atrás hj pela manhã de remédios no posto e este foi fechado
Pedimos ajuda por todos os meios de comunicação e nada
Precisamos levar material para fazer curativos nos pés deles
A maioria apresenta lesões fundas
Pela umidade
Os idosos estão sem remédio para pressão
Vamos tentar juntar o máximo possível com recursos próprios
Se vcs conseguirem mais coisas nos avisem tbm
Quando vamos outra vez?
Meu marido me disse: quando eu decidi ir pensei que eu não pudesse me sentir pior do que já me sinto diariamente nos postos de atendimento onde tbm falta muita coisa, pois sim consegui me sentir muito pior Pq nos postos pelo menos tem o básico..."

Essas palavras são de uma voluntária da ONG AmoBem que atuou no atendimento das pessoas e me causa revolta em saber que o Estado que tanto atrapalha a vida das pessoas com impostos absurdos e leis desconectadas com a realidade, ainda consegue ser ineficaz nos momentos em que a sociedade mais precisa de uma ação efetiva, não dá mais para que a sociedade fica impassível para esse tipo de descaso, pessoas estão morrendo todos os dias, seja em postos de saúde mal aparelhados ou em tragédias naturais (que pouco tem de natural, na verdade).

Pagamos impostos caros, inúteis muitas vezes, se os gestores públicos não possuem competência para cumprir com suas obrigações, que pelo menos deixem de atrapalhar aquelas entidades e pessoas que querem fazer algo, que estão dispostas a abrir mão de seus dias de folga (muitas vezes até mesmo em horário de trabalho), chega de desculpas esfarrapadas como a já "batida": "Falta de recursos", porque recurso tem, na maioria das vezes, é a corrupção e a ineficiência que não permitem que esses recursos cheguem para quem, de fato, precisa deles.

A práxis e a teoria...

Os amigos que me conhecem sabem que passo por um processo de transformação e de amadurecimento em minha vida e uma das características deste processo é o de não deixar de externar aquilo que penso e que acredito, não importando se isso vai agradar ou não e até mesmo se será compreendido pelas pessoas que me rodeiam, mas quero me ater aos aspectos positivos deste processo, e quero também fazer um paralelo entre aspectos de uma práxis sociais e a teoria que ainda é hegemónica no País sobre o Estado como grande "pai protetor" do individuo.

Eu estive hoje, como voluntário, participando de uma ação de ajuda aos desabrigados pelas chuvas que castigam o Rio Grande do Sul e, em especial, a região metropolitana de Porto Alegre, foi um momento de contato direto com a realidade das pessoas que estão sem suas casa, roupas, comida e mais ainda, sem a sua dignidade como ser humano. 

Foi uma ação organizada pela ONG AmoBem (Associação movimento do Bem) e que contou com a participação de pessoas das mais diversas profissões, crenças e posições políticas, tendo apenas como elo de ligação a amizade e a solidariedade, foi um momento muito importante para mim e me fez refletir sobre o meu papel como agente político e social.

Movido pelo desejo de ajudar e pela necessidade encontrada no local, me tornei um dos responsáveis pela alimentação das pessoas, pessoas que estão sem nada, mas que sentem fome e não somente a fome física, mas a fome maior, que é a da viver. 

Eu, que sempre pensei primeiro em mim e nas minhas necessidades, estava ali, cozinhando para dezenas de pessoas que eu nunca tinha visto na vida (e que acabei pouco vendo, em função de ficar o tempo inteiro na cozinha improvisada na casa de uma moradora, que mesmo sem nada, ofereceu o pouco que tinha para ajudar os vizinhos em situação de maior gravidade e risco), ali, cuidando de panelas, cortando tomate, cebola e fazendo carreteiro sabe-se lá para quantas pessoas, o que aprendi no dia de hoje, na prática, valeu por anos e anos de teorias e mais teorias que aprendi e que durante tempos acreditei que eram as minhas "verdades".

Hoje eu vi o quanto a sociedade é mais forte que qualquer governo, que qualquer intervenção estatal, mesmo que eu já venha estudando isso tem um certo tempo, verificar isso na prática é algo de uma importância ímpar na formação de qualquer ser humano, é muito bom perceber o quanto o Estado só atrapalha o processo de organização humana, durante todo o trabalho que fizemos no local das enchentes apenas o Exercito estava lá, e com a função de "manter a ordem" e evitar tumultos, ora, nós voluntários que organizamos as pessoas, fizemos os cadastros e distribuímos os mantimentos e a alimentação e não foi necessário que o Estado se intrometesse no processo.

Isso me reforçou o pensamento de quanto o Estado atrapalha as ações do organismo social, não que eu seja contra o Estado, mas sou terminantemente contra um Estado gigante e que se meta em tudo, uma máquina burocrática e ineficaz que somente deveria intermediar as decisões da sociedade, mas que infelizmente acaba sendo ele, Estado, aquele que quer determinar aquilo que cada cidadão deve ou não fazer, sem sequer consultar se é isso mesmo que a sociedade deseja.

O crescimento pessoal que tive hoje serviu para consolidar a minha "práxis" e minhas atitudes perante à vida e aos desafios que sempre estão em nosso caminho, e cada vez mais meus estudos e meu auto conhecimento serão aprimorados e buscarei coloca-los em pratica, seja em meus desafios pessoais ou profissionais, só tenho à agradecer aquelas pessoas que, em sua desgraça momentanea, foram capazes de me dar uma aula sobre a vida.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Até a OAB??? Tá feia a coisa...

Acabo de ler em um sítio de noticias na internet que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) criou hoje, uma comissão para decidir se apresenta ao Congresso Nacional um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, baseado na decisão de ontem do TCU e recomendar a rejeição das contas da presidente no exercício de 2014, vou reproduzir aqui, o que disse o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho: "É indiscutível a gravidade da situação consistente no parecer do TCU pela rejeição das contas da presidente da República por alegado descumprimento da Constituição Federal e às leis que regem os gastos públicos. A OAB, como voz constitucional do cidadão, analisará todos os aspectos jurídicos da matéria e a existência ou não de crime praticado pela presidente da República e a sua implicação no atual mandato presidencial"

Obviamente, a entidade com maior credibilidade técnica para fazer uma analise sobre o que foi sugerido pelo TCU ontem, mas cabe aqui também uma observação de cunho político que me permito fazer, em função das diversas observações que faço dos cenários apresentados e pela extrema convivência que tenho com advogados e militantes político da entidade da classe, a OAB é uma entidade com um histórico viés esquerdista (falo como entidade, não que os advogados como um todo sejam de esquerda) e que sempre se notabilizou pelo enfrentamento político direto, principalmente nos momentos de grande tensão política no País.

O fato de uma entidade com esse perfil, montar uma comissão para analisar um possível pedido de impedimento da presidente, mostra em qual grave se encontra, juridicamente, a situação de Dilma Rousseff e sua manutenção no cargo, a OAB tomar uma atitude como essa, é uma especie de sinal para a sociedade e também para a classe política, de que existem fatos jurídicos relevantes o suficiente para que possa ser instalado um pedido de impeachment da presidente.

Cada dia que passa a situação de Dilma Rousseff só piora, a reforma ministerial que ela fez essa semana, não amenizou em nada a sua relação com o Congresso (ao contrário, acabou criando uma cizânia maior na base), as suas contas foram rejeitadas pelo TCU, a chamada "pauta bomba" continua rolando na Câmara e, para completar, uma entidade simpática à esquerda, monta uma comissão para analisar se entra com um pedido de impedimento, ou seja, foi uma das semanas mais tensas que a presidente teve nos últimos meses, já estamos em outubro e o segundo mandato da presidente ainda não começou.

A pergunta que deixo no ar: Será que começará?

Fato concreto

Em uma sessão cercada de expectativas e com direito até a "torcidas organizadas", o Tribunal de Contas da União (TCU) emitiu, por unanimidade, um parecer reprovando as contas da presidente Dilma Rousseff, referentes ao ano de 2014. A histórica decisão (acredito que somente em 1937 houve algo parecido com o então presidente Getúlio Vargas), mostrou uma série de irregularidades cometidas pelo governo, dentre as mas faladas estão as "pedaladas fiscais", e que acarretaram um rombo de quase 106 bilhões de reais nos cofres públicos.

Por 8 votos a zero, os ministros do TCU entenderam que o governo cometeu irregularidades nas contas federais, melhorando de forma artificial o orçamento do ano passado, com o intuito, principalmente, de evitar cortes de gastos em ano eleitoral (cortes estes que se tornaram inevitáveis em 2015 e que acabaram gerando uma "bolha" econômica, tornando a crise na economia tão grande que não víamos desde a época pré-plano Real.

Em seu parecer, o relator do processo, Ministro Augusto Nardes, advertiu para o fato de que somadas todas as operações irregulares do governo, "melhoraram" as contas públicas em 2014 em cerca de 106 bilhões de reais, o relator ainda criticou o governo da presidente Dilma de falta de transparência e que as ações do governo caracterizaram um cenário de "desgovernança fiscal".

A questão agora que está passando pela minha cabeça é a seguinte: E os membros da oposição que ainda resistiam em apoiar o processo de impeachment contra a presidente Dilma, alegando não existir nenhum "fato concreto" que levasse o congresso a abrir um processo real de cassação de mandato? O que o TCU sugeriu e mais, com um cabedal de dados investigados, é o suficiente para a existência do tal "fato concreto"? Ou esses setores da oposição ainda ficarão na defensiva, esperando para ver os rumos da "maré"?

Confesso aos amigos leitores deste blog que não enxergo na atual oposição parlamentar da presidente Dilma, com raras e honrosas exceções obviamente, disposição e vontade política capaz de ir para o embate direto contra o governo, exigindo a sua destituição do cargo da presidente, por uma enormidade de irregularidades cometidas, não somente em 2014, mas durante todo o seu mandato (nem entro aqui no mérito das irregularidades da gestão Lula, isso cabe um outro processo e uma outra analise), vou ater-me apenas ao que o TCU encaminhou ontem. 

A maioria da oposição está mais interessada em manter a chamada "governabilidade" (uma grande idiotice, visto que, com o atual governo, o País está ingovernável)e  cuidar de seus interesses em vez de se preocupar com os destinos, cada vez mais sombrios, do Brasil, não basta tirar a presidente do cargo, é necessário que haja uma devassa sobre todas as irregularidades que vem sendo praticadas pelo grupo político que se encontra no poder nos últimos 13 anos (!) e tirar, de quem for considerado culpado, a legitimidade política para exercer qualquer função pública, bem como atividades acadêmicas e de formação de opinião.

A prisão, seja ela em regime aberto ou fechado, é pouco para os crimes contra a nação que estão sendo praticados durante a Era PT, é necessário que a punição para os culpados (repito, para aqueles que forem julgados e condenados) é o banimento da vida pública, pois a influência que esse grupo tem na sociedade brasileira é maior do que as celas de uma prisão, por mais de "segurança máxima" que seja, o Brasil precisa acordar e tomar novamente as rédeas de seu destino e não mais ficar à mercê de qualquer que seja o grupo político que somente tenha interesses escusos.

Espero, apesar de desconfiar demais que não tenham, que os membros da oposição parem de se acovardar e partam para defender o direito deste País de voltar a ser grande e não mais ficar sob tutela de um grupo que deixa de ser político, para se tornar criminosos, o País precisa de discussões maiores, sair da estagnação, enxugar a máquina, qualificar sua gestão, abrir o seu mercado para acordos comerciais que representem os interesses reais do país e não somente de um grupo de relações internacionais, capitaneados pela China.

Oxalá que o primeiro "fato concreto", sirva para acordar a oposição!



quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Democracia Radical


Olhando o cenário político-social brasileiro, vejo como bem interessantes alguns aspectos como as transformações que alguns ideais e objetivos políticos podem ganhar uma chamada "vida própria", independente de quem sejam os seus criadores ou os seus defensores originais e não são poucas essas idéias e objetivos...

Os exemplos são interessantes: Quem nos dias de hoje, obviamente sem os recursos das aulas de História e de cinema, poderia imaginar que Abraham Lincoln, um dos maiores símbolos da democracia norte americana e que foi responsável direto pelo fim da escravidão legal no EUA, pertencia ao Partido republicano, o mesmo de Ronald Reagan e da família Bush???

E mais ainda, que as progressistas leis trabalhistas, que até hoje servem de bandeira de luta da esquerda ocidental, têm em larga escala, origens no Fascismo Português e Italiano???É bem verdade que boa parte dos serviços promovidos pelo chamado Estado de Bem Estar Social possui como origem a Social Democracia européia do pós-guerra. Tais serviços como a universalização da saúde, a universidade pública e gratuita foram conseguidos através de muita luta depois da tragédia que foi a segunda grande guerra, sua origem.

Nesse caso, é bem interessante notar, que a sua origem, apesar de remontar à esquerda européia, se trata da esquerda moderada, da chamada Social democracia e não de conquistas ligadas diretamente aos ideários Marxistas/Leninistas tradicionais e mais esquerdistas, como alguns tentam colocar em seus discursos aqui no Brasil.Entretanto, outras bandeiras tradicionais nas esquerdas de boa parte da Europa, America e Brasil, possuem origem ou inspiração remota na Revolução Francesa e no Liberalismo Inglês. Afinal, os conceitos de igualdade e liberdade individual que são herdadas do Iluminismo, foram implementados primeiramente na França, Inglaterra e EUA.

Por exemplo, a atual luta pela descriminalização das Drogas e do Aborto, a luta por uma Reforma Tributária possuem, em última analise, como substrato, esses dois conceitos citados anteriormente: A Igualdade e a Liberdade.O engraçado é que, a esquerda tende a privilegiar o primeiro e a direita o segundo, porém, ambos são herdeiros de um mesmo processo histórico, a chamada grande revolução burguesa ou simplesmente: Revolução Francesa e não nas ditas revoluções socialistas ou comunistas, como as Revoluções: Russa, Chinesa ou Cubana!!!

Penso na importância de analisar esses fatos, para que depois não se acabe fazendo apologias equivocadas e buscando sustentações teóricas em teorias erradas. É importante que se levantem bandeiras de lutas, mas é importante mais ainda, saber qual a origem dessas lutas e quais ideais as sustentam.Parto para uma alternativa de construir uma proposta de Democracia de uma forma mais ampla e forte, diria eu, até mais radical, no sentido de buscar valorizar as liberdades individuais, tirar o protecionismo estatal da “ordem do dia” da sociedade brasileira, quanto menor o Estado, maior será a liberdade individual para buscar conquistar seus sonhos, atingir suas metas e não ser “metralhado” de impostos desnecessários, que apenas existam para sustentar uma burocracia gigantesca e ineficaz.Vejo essa ideia de “Democracia Radical” como uma alternativa viável de construção política, urge a necessidade de apresentar uma alternativa para que a sociedade possa sair desse imobilismo maniqueísta que permeia o cenário geo político do planeta e em particular em “terras brasilis”.

A raiz da democracia está na liberdade individual e na equidade e não na igualdade utópica que foi semeada durante os últimos 3 séculos pela esquerda internacional, não se trata de forma igual que tem a diferença como essência, como é o caso do ser humano, mas é necessário que essa ser humano se torne livre de qualquer amarra, de qualquer dependência, que possa trilhar seu caminho e torna-se líder em seu segmento (seja esse qual segmento for), chega de “Sebastianistas” (como costuma dizer um querido amigo), chega de políticas que ao invés de integrar, acabam segregando e acirrando ainda mais as contradições existentes, insisto, não se pode tratar igual os desiguais.

A Democracia somente pode florescer em um ambiente livre, sem pré e pós conceitos, sem ingerência do “Grande Irmão” (O Estado), partindo dessa premissa, penso em uma radicalização democrática como alternativa de construção de uma sociedade bem mais consciente e justa, lembrando que, justiça nada tem haver com igualdade e sim com a liberdade que cada individuo deve ter, para traçar o seu caminho, chega de amarras.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Educação Multifocal

Semana passada, eu escrevi sobre a questão da educação como uma doutrina de falência do processo de pensar.Muito em função do processo de educação brasileira ser predominantemente baseada na pedagogia doutrinária de Paulo Freire, que tem sido uma grande “arma” utilizada pela esquerda brasileira como parte importante do processo de hegemonia cultural e educacional nos últimos 40 anos. Pois bem, esse texto gerou uma série de opiniões (favoráveis ou não) sobre a precariedade da educação no País, mas vale mencionar que a educação no mundo todo está num processo de falência gravíssimo.

Como parte da categoria, eu acredito que os professores são os profissionais mais importantes da sociedade, mais importantes do que psiquiatras, juízes de Direito, políticos ou generais. Porque os professores trabalham o solo da inteligência para que as crianças e os adolescentes não sejam tratados por psiquiatras, não cometam crimes e sejam julgados por juízes; que aprendam a escolher melhor os seus representantes e que usem a ferramenta do diálogo e não façam guerra e sejam comandados por generais. Se assim fosse  teríamos mais poetas da vida e não repetidores de informação, jovens sem capacidade crítica de pensar. Mas, se por um lado os professores são os profissionais mais importantes da sociedade, por outro lado a educação está falida porque enfileira os alunos em salas de aula, o que é ótimo para formar soldados para uma guerra, mas péssimo para formar pensadores porque registra o sistema de hierarquia que bloqueia o pensamento, dificulta a expressão das ideias, o debate das opiniões e, consequentemente, gera conflitos como timidez, insegurança e bloqueio da criatividade. 

A educação está falida também porque o sistema educacional nos impõe, como bem diz o psiquiatra Augusto Cury, um sistema de ensino “fast food”, que significa um conhecimento pronto, sem ensinar o básico para a formação do pensar, que é o ato de duvidar, o desafio das perguntas. Não se questiona as informações e os conhecimentos que são abordados em sala de aula. Não se prepara o aluno para utilizar a sua capacidade de pensar para chegar ao mesmo ponto através das mais diversas possibilidades e não apenas que a “verdade” oficial, aquela que é imposta pelo “autoritarismo” da pedagogia contemporânea e seus ideólogos que prezam uma educação “igualitária”, pasteurizada e onde os alunos são privados de um bem preciosíssimo que é a liberdade de pensar por conta própria. Isso tem feito com que os professores, alunos e demais atores do processo educacional estejam estressados, sofrendo daquilo que na Teoria Multifocal chama de “SPA” (Síndrome do Pensamento Acelerado), que consiste em pensar de forma desordenada, sem foco e onde o cansaço se torna visível e tira qualquer estimulo saudável para essas personagens do cenário da educação.

O último lugar que essas pessoas querem estar é a sala de aula, eles são bombardeados por estímulos não saudáveis, como o consumismo, o coitadismo, a dependência de ferramentas digitais e uma ansiedade que nunca se viu na história humana. É necessário que os professores passem por um processo grande de reciclagem nos métodos de ensino aprendizagem, saiam do lugar comum das teorias que já demonstraram ser inadequadas ou ineficazes e busquem novas alternativas, aprendam a criar, construir novas metodologias e práticas pedagógicas. O professor não pode enxergar as ferramentas digitais como “inimigas” do processo de ensino e sim utiliza-las como ferramentas aliadas em suas aulas. Sempre me questionei: Por que os alunos ainda ficam sentados enfileirados como se estivessem em um quartel? Por que não se utiliza a música como aliada na aprendizagem? (não somente como uma disciplina transversal, mas como ferramenta para o fortalecimento do lado cognitivo do aluno), coisas que sei que muitos colegas estão buscando trabalhar, mas que encontram resistências daqueles que ainda entendem que educação é algo elitizado e quando muito, uma benesse do estado.

Ainda não trabalhamos no Brasil, agora voltando para a terrinha, a educação emocional nas nossas escolas da forma como deveríamos trabalhar (nada dessa coisa de “ética”, “valores”, boas maneiras, etc, tudo isso deve ser uma consequência natural do relacionamento saudável), Vejo muitos colegas educadores com resistências em trabalhar o lado emocional de professores, alunos e famílias pois alegam que isso não tem sustentação acadêmica, que é coisa de manual de “auto ajuda”. Ora, a educação passa por um processo de “doença emocional” muito grave, professores estão em seu limite, com um excesso de cobranças, de metas absurdas a serem cumpridas, os alunos estão cada vez mais desinteressados em aprender na escola, preferem as informações que estão disponíveis no mundo virtual. Vamos parar com esse sectarismo da educação brasileira, Paulo Freire está longe de ser Deus, aliás, sua teoria está longe de ser eficaz, é necessário que se rompa com essa visão unifocal da educação, precisamos nos despir de dogmas e preconceitos e partir para enxergar a educação de uma maneira multifocal, de seus diversos ângulos e vertentes.

Eu faço a minha parte, escrevo, trabalho e defendo a visão multifocal em diversas atividades e principalmente na educação, tem alguns anos que me “libertei” da “monogamia do oprimido” e enxergo a educação de uma forma bem mais ampla, bem mais complexa também, mas sempre como uma válvula de libertação do pensar e do agir, sem essa liberdade de pensamento fica impossível se trabalhar uma educação de qualidade.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

A Educação enquanto Doutrina


A influencia da psicanalise tem sido cada vez mais forte dentro da educação, essa visão psicanalítica vem sendo tão fortemente usada que até mesmo os pedagogos esquerdistas vêm adotando essa prática, e sabemos nós o quanto a esquerda tem hegemonia na educação, não somente aqui no Brasil, como em boa parte do mundo ocidental. A esquerda entendeu que conseguiria atingir melhor os seus propósitos, mesmo que em longo prazo, poderiam “fazer a cabeça” dos jovens. Essa visão fez com que grupos que desejam subjugar as massas e incutir neles as suas doutrinas, a perceber que era necessário o domínio de qualquer instituição que pudesse levar esse grupo a dominar e controlar a vida intelectual da sociedade, em particular, as escolas, as universidades e vários segmentos da mídia. Dessa forma, a educação passou a ser um instrumento eminentemente político, seja de grupos partidários ou religiosos.

Querem um exemplo bem marcante disso que estou dizendo? Vamos relembrar um pouco sobre o pedagogo brasileiro Paulo Freire, que se tronou famoso pelo seu método de alfabetização, principalmente de adultos, mais precisamente de operários e camponeses, seu trabalho consistia em: “A pedagogia que ele defende tem por fim a conscientização, ou seja, o fundamental não seria a alfabetização e sim a formação de uma consciência das relações sociais” (Esse foi o depoimento de Frei Betto, quando da morte de Paulo Freire, ao jornal “O Globo” de maio de 1997), um dos pontos mais importantes de sua obra mais famosa “A Pedagogia do Oprimido”, evidentemente escrita na ótica marxista, é de que a educação é um ato político o objetivo não está em alfabetizar o aluno e sim, como uma ferramenta de doutrinação do aluno.

Alguns amigos dirão que estou exagerando, não é? Pois bem, alguém lembra que durante as décadas de 60, 70 e até a de 80, não havia quarto de adolescente “pequeno burguês”, que nem eu, ou de um “filhinho de papai”, que não tinha um quadro do infeliz guerrilheiro Che Guevara, ao lado de pôster de ídolos da cultura pop, como Beatles, Michael Jackson ou de um dos grupos de rock, do chamado “Rock Nacional”, e isso não era nada por acaso, e sim induzido pelos nossos professores nas salas de aula pelo país a fora. Aliás, o mais importante nesse contexto de “boas intenções” era a exigência por parte dos “intelectuais” que foram oriundos desse período de suprimir qualquer tipo de censura, sob o manto de que é necessário preservar a “Liberdade de Expressão”, pois bem, a consequência mais imediata desse tipo de atitude foi a publicação em páginas da Internet de técnicas e textos sobre a fabricação de artefatos e bombas e atentados biológicos, o que fomentou ainda mais a expansão de atos terroristas (exagero? Estuda um pouco da história nos últimos 20 ou 30 anos).

Outro exemplo interessante da utilização da educação como ferramenta de doutrinação ideológica ocorreu na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Durante a década de 70, do século passado, foi realizada nessa instituição de orientação católica, a maior perseguição a professores que se opunham ao ideário marxista, o então reitor da época, padre Mac Dowell foi alertado sobre isso, mas, quando tardiamente percebeu a manobra que acontecia em sua instituição, já era tarde demais, sua própria substituição do cargo foi uma exigência dos próprios marxistas que ele demorou a combater. Esse processo foi evoluindo de uma forma muito simples, foi sendo expurgado e perseguido dentro das universidades aqueles professores que não “rezavam” pela cartilha marxista, fazendo com o que esses professores acabassem se tornando minoria, e dai por diante, tudo passou a ser decidida através do “voto democrático”, obedecendo ao desejo da maioria, obviamente, maioria essa que fora construída através de anos de expurgo aos adversários antimarxistas.

Novamente poderão dizer que estou exagerando, que isso não passa de conversa fiada para deturpar a história e manchar a “memória” daqueles que lutaram por uma “Educação pública, gratuita e de qualidade”, pois então, professores oriundos do IME (Instituto Militar de Engenharia), que haviam construído todas as bases do Centro Técnico Cientifico foram demitidos, outros educadores que não estavam alinhados com o marxismo também foram perseguidos e demitidos, caso dos professores Anna Maria Moog e Antônio Paim, do diretor do departamento de psicologia Aroldo Rodrigues e do diretor do departamento de psicologia Arthur Rios, isso somente para citar os casos mais emblemáticos, ah e tem também o caso de dois professores da área de biomédica que tiveram seus nomes citados no livro “Brasil Nunca Mais”, como sendo colaboradores do regime militar e que foram tirados de seus postos.

Este é o grande problema de se utilizar a educação como instrumento de doutrinação política ou ideológica, tira do aluno a oportunidade de formar a sua própria consciência, faz dele um autômato que raciocina pela ótica de ideologia hegemônica (toda vez que alguém for discutir com alguém de esquerda, por exemplo, e utilizar termos como “desconstruir” ou “políticas afirmativas”, esse alguém já começara a discussão com “derrota”, pois usará termos que são oriundos da própria esquerda). Esse aluno deixa de ser um “sujeito pensante” para se tornar um “repetidor de doutrina”.

Portanto, não foi a toa que a Igreja Católica e a Igreja Metodista, implementaram uma enorme rede de escolas. E isso foi muito utilizado não somente pelos regimes totalitários, como os nazistas que criaram a “Juventude Hitlerista” e a URSS, onde o Partido Comunista controlava a educação com “Mão de Ferro”, mas também é utilizado disfarçadamente por todos os grupos que ambicionam chegar ao poder. Os marxistas entenderam isso desde cedo, por isso se infiltraram no corpo docente das escolas e das universidades, para poder ocupar esse espaço e introduzir nele seus conceitos.


O caro leitor já parou para se perguntar o porquê de muitos líderes terroristas terem uma formação superior? De serem oriundos de grandes instituições de ensino? Não podemos esquecer que os líderes de grupos como o “Baden Meinhoff” , o “Tupac Amaru”, o “Sendero Luminoso” vieram de dentro das universidades e foram influenciados por toda uma linha de doutrinação ideológica que fazia desses jovens, verdadeiras “máquinas de guerra” contra o sistema. Eu estou falando sobre situações que aconteceram e que somente agora se começa a tocar nesse assunto, durante muitos anos (e ainda nos dias de hoje) é quase uma “Heresia” questionar alguns preceitos da educação brasileira na sua vertente predominante que é a marxista, por isso a importância de que esse tipo de assunto seja bastante discutido e difundido e cada brasileiro que queira pensar pela sua própria consciência, busque estudar e tirar suas próprias conclusões e não ficar preso aos “dogmas” da educação aparelhada. Como diz a bandeira de Minas Gerais: “Liberdade, ainda que tardia”.

domingo, 9 de agosto de 2015

O Poder

Travando debates acalorados com amigos e estudando um pouco o cenário político-econômico do País, resolvi escrever um pouco aqui neste espaço sobre "Poder", uma palavrinha muito ouvida e falada nos últimos tempos aqui no Brasil em particular e ouço muitos falarem aos 4 cantos que o "poder vem do dinheiro", "quem tem dinheiro, tem poder". Mas será que essas afirmações são verdadeiras? De fato, somente ter dinheiro é suficiente para se deter o Poder?

Vamos analisar um pouco o inexpressivo capitalismo tupiniquim, o grande empresário brasileiro tem uma "mentalidade de servidor público", eu explico, ele começa a crescer, ganhar algum dinheiro e resolve que não mais vai querer concorrência, não vai querer correr riscos, busca uma "estabilidade" no mercado que não existe e ai começam a combinar preço, formando ai os chamados "carteis" (onde os preços são previamente estabelecidos e não dando ao consumidor a oportunidade de escolher qual o melhor preço e as vezes serviço que melhor o atenda) e nisso, as suas empresas acabam se "associando" ao Estado, pois esse Estado se torna o único cliente capaz de remunerar os serviços dessas empresas.

E ai o que acontece? Segundo Raymundo Faoro, essas empresas acabam se incorporando ao "estamento burocrático", isso forma um mecanismo de "donos do poder", que transformam a burocracia estatal em um instrumento dos interesses de poucos e deixa de ser uma máquina administrativa e impessoal e que visa apenas os interesses do conjunto da sociedade, como acontece nas democracias normais.

Ai chegamos em uma conclusão interessante, o nosso sistema acaba não sendo nem capitalista e nem socialista e sim, um sistema patrimonialista, como muito bem já expressou o professor Faoro e outros pensadores mais liberais, tais como: Ricardo Velez Rodriguez, Antonio Paim e o embaixador Meira Penna, essa observação é muito importante para não cairmos no discurso fácil da esquerda de dizer que todos os nossos males sociais são provenientes do capitalismo. Mesmo durante a década de 70 do século passado, uma parte da intelectualidade da esquerda sabia que o principal obstáculo para uma possível "Revolução Brasileira" não estava no capitalismo e sim, nesse patrimonialismo que impera nesse país desde a formação da elite empresarial brasileira.

Mas, impregnados que estavam com os estudos da teoria de Antonio Gramsci (da qual eu já escrevi aqui em postagens anteriores) e ansiosos que estavam em tomar o poder, resolveram que era necessário se conquistar a "hegemonia" cultural e partiram para a infiltração nos diversos segmentos da sociedade (jornais, TVs, revistas, meio artístico, universidades, etc), tendo demorado quase 40 anos para conseguirem seu intento. Esse processo culminou com o exito da eleição de Lula para a presidência e por conseguinte, a "demonização" do capitalismo e da direita (incluindo ai a associação da "direita" com a corrupção e o atraso), com isso, houve uma quase que total aparelhamento de toda a máquina estatal, portanto, mesmo sem possuir o dinheiro, esse grupo podia ter o poder de controlar as relações políticas e econômicas.

Note-se que, fora o enriquecimento pessoal de muitos dos dirigentes políticos da esquerda, não foi o dinheiro que trouxe o poder para esse grupo e sim a capacidade de controle da máquina burocrática e dos meios de comunicação, além de possuir uma militância que estava disposta a "morrer" pela causa e pelo projeto de poder (abro esse parenteses para ressaltar que esse aparelhamento e essa construção de militância, foi um processo longo e organizado com paciência e habilidade pelos teóricos da esquerda e também pela inépcia da direita e do empresariado brasileiro em perceber esse movimento), isso é fundamental para que eu possa defender a minha argumentação e recorro também aos aspectos mais recentes da crise da "Lava-Jato", onde se imaginou nesse país que donos das principais empreiteiras estariam presos? E mesmo assim, o grupo político do PT continua no poder, enfraquecido como nunca é verdade, mas ainda no poder.

Venho defendendo a tese de que esse poder esquerdista, com esse formato (ancorado em movimentos sociais, sindicados, movimento estudantil, etc), está fadado ao fim, mesmo que isso não aconteça em função de um contraponto organizado pela direita e sim pelo seu próprio esgotamento e percepção da sociedade que essa não é mais a sua forma de sentir-se representada. Mas engana-se quem acha que isso signifique o "fim hegemônico da esquerda", pelo contrário, isso faz com que essa esquerda busque alternativas para manter seu pensamento hegemônico (isso é bem fácil de perceber, vejam as pautas ligadas à questão de gênero, racial, direitos humanos, inclusão, etc, pautas essas que nunca foram temas consensuais dentro da esquerda, mas que aparecem com uma alternativa para esgotamento do modelo anterior).

Para se chegar a deter o poder, é preciso que se apresente algo para substituir o que está ai, é preciso que se ouça mais o que a maioria (antes silenciosa e hoje batedora de panelas), quem quiser ocupar o espaço que hoje é ocupado pelo PT, tem que apresentar para a sociedade algo que seja melhor do que o que vem sendo apresentado pelo imaginário petista, isso sim é poder, ou busca por ele. É preciso romper com o patrimonialismo (coisa que o PT só fortaleceu nesse seus 12 anos de poder) e colocar gente nos pontos chaves de formação de opinião, colocar pessoas com pensamento contrário ao existente e isso não vai acontecer enquanto o pensamento esquerdista continuar presente nas mídias, nas artes e principalmente nas universidades.

Eu espero que esse pequeno texto sirva como uma inspiração para que melhor pensemos sobre o que de fato é poder, não mais se deixar levar pela ilusão de que apenas o dinheiro trás poder, basta estudarmos a história humana, exemplos não faltam (Julio Cesar era o "mais pobre" do 1º triunvirato romano, Napoleão era um obscuro oficial francês, Hitler era um pintor medíocre, Stalin era um ex-degredado da Sibéria e por ai vai), nenhuma dessas figuras detinha o dinheiro, mas o poder de controlar as massas através da estrutura burocrática do Estado, portanto, você até pode enriquecer na busca pelo poder, mas não acredite que somente isso será o suficiente para que se tenha o verdadeiro Poder, o Poder de controlar corpos e mentes, o verdadeiro Poder.

"Cinco Muito"

O título desta postagem eu tomei "emprestado" do site do www.globoesporte.com e diz respeito ao resultado do GreNal que acabou agora à pouco na Arena do Grêmio e acabou com uma sonora goleada do time gremista sobre o eterno rival colorado e me fez escrever aqui, mesmo correndo o risco de falar sobre um dos assuntos mais apaixonantes aqui do Rio Grande do Sul.

Minha intenção não é de comentar sobre o jogo em si, o resultado e a euforia dos tricolores pelas ruas de Porto Alegre e pelas ruas do Brasil falam por si, minha ideia é fazer uma analogia entre a intempestiva e burra atitude da diretoria do Internacional (demitir o seu treinador 3 dias antes daquele que é o jogo mais importante do time, seja qual for o campeonato), ouvi do presidente do Internacional dizer em rádios e TVs que a atitude "transferiu" para o adversário (Grêmio) toda a responsabilidade d clássico de hoje.

Pois bem, existe uma horrível cultura neste País de que os dirigentes, sejam eles dirigentes do que quer que seja, estão acima de responsabilidades perante aqueles que, como dirigente, são representantes sejam de forma direta ou indireta. A atitude da diretoria do Internacional foi típica deste tipo de situação, o fato de demitir um treinador que, não podemos esquecer, venceu o campeonato regional deste ano e levou o limitado time colorado até as semifinais da Copa Libertadores da América deste ano, recém vencida pelo River Plate, sem explicar nada para os seus representados (torcedores e sócios), a diretoria colorada simplesmente decidiu mexer na estrutura central do time às vésperas da disputa de um clássico tão importante como o GreNal.

Espero que os colorados, depois de esfriarem a cabeça e aguentarem as gozações da segunda feira (que serão muitas), comecem a cobrar de sua diretoria maior transparência, maior respeito e sintonia com o seu sócio e seu torcedor, não se pode mais admitir que um dirigente, seja ele quem for, se coloque acima de qualquer cobrança, de qualquer responsabilidade pelos fracassos assombrosos como o resultado do GreNal de hoje, para o torcedor colorado. e que isso também sirva para todos a nossa sociedade, não é somente no futebol que devemos cobrar ações claras e transparentes dos dirigentes, devemos fazer isso na política, na vida cotidiana, não se admite mais que ninguém, seja quem for, se coloque acima de qualquer cobrança ou responsabilidade, apenas porque alega uma legitimidade" de escolha que não é salvo conduto para se fazer o que bem entender, sem ter que prestar satisfação para seus representados.

Aos gremistas, meus parabéns, comemorem, coloquem para fora sua alegria, mas sempre com responsabilidade e sem exageros. Aos colorados, esfriem a cabeça e aguentem o "Day After" da derrota e cobrem, cobrem mesmo de seus dirigentes a responsabilidade por atos intempestivos, não adianta o presidente do clube Vitório Pfifero vir dizer que "temos que ser homens e assumir a derrota", a questão é planejar e seguir os planejamentos.

Aqueles que não torcem por nenhum dos dois, que fique o alerta para os nossos dirigentes políticos, não adianta somente bravatas, é necessário que se respeite a sociedade e apresentem um planejamento e siga esse planejamento, sem arroubos de "machezas" bem comum em nossos dirigentes.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Pensamento do dia

"Não há lugar para a sabedoria onde não há paciência"

Santo Agostinho


Conservador

Conversando com alguns amigos hoje, fui surpreendido com uma indagação interessante, ao citar um determinado autor. O mesmo recebeu a alcunha de “desprezível” e o motivo dele receber esse “elogio” se deu, dentre outras coisas, pelo fato do referido autor ser um “Conservador”.

Pois bem, isso me motivou a tecer algumas ideias sobre o termo conservador e expor aqui, para os amigos que me acompanham nesse blog.

Obviamente, essas ideias não são regras fechadas ou que devam ser seguidas na prática política de quem quer que seja apenas são pensamentos desse humilde blogueiro.
Na verdade, são apenas alguns critérios de reconhecimento para você, leitor amigo, distinguir, quando ouvir um político, se está diante de um conservador, de um revolucionário ou de um “liberal”, no sentido “brasileiro” do termo hoje em dia (que é uma indecisa mistura dos dois anteriores), uma premissa da qual eu concordo.

Então vamos lá, direto de uma letra extraída dos versos do hino da “Juventude Hitlerista” que diz assim: “Ninguém é dono do futuro”. “O futuro pertence a nós”, pois bem, isso reflete a essência de um pensamento revolucionário, que consiste em vislumbrar um futuro hipotético, idealizado e que, em ultima instância ele (revolucionário) acredita ser a autoridade de julgamento no presente, mesmo que ele nada saiba sobre esse futuro, não consegue descreve-lo, apenas por meios de louvores genéricos a algo que ele não faz a mínima ideia do que se trata. Pois bem, um conservador fala das experiências passadas, acumuladas no presente (tudo aquilo que já foi devidamente experimentado e trabalhado ao longo da história humana).

Falemos de nossos políticos: Quando Lula dizia: “Não sabemos qual tipo de socialismo queremos”, ele partia de uma premissa equivocada de que o futuro da humanidade estava no socialismo, quando a mesma história humana mostra que na verdade, o socialismo tem um passado cheio de sangue e com milhões de mortos. Lula nos atribuía a possibilidade de que ele e os seus, podem nos levar de volta para esse cenário de terror (Com a ilusão de ser o paraíso terrestre), garantindo que essa experiência será melhor sucedida sem nenhuma garantia, a não ser a palavra de alguém que, confessa nem saber de qual futuro está falando.

Em uma real democracia, cada geração tem o direito de escolher o que lhe convém. E isto implica que nenhuma geração tem o direito de comprometer as seguintes, com escolhas drásticas cujos efeitos não poderão ser revertidos jamais ou só poderão sê-lo mediante o sacrifício de muitas gerações. O povo tem, por definição, o direito de experimentar e de aprender com a experiência, e é ai onde reside o pensamento conservador, que nos mostra que ninguém tem o direito de usar seus filhos e netos como cobaias de experiências sociais temerárias.

Nenhum governo tem o direito de fazer algo que o próximo governo não possa reverter, as eleições periódicas (característica de um regime democrático) não faria sentido, se o governo posterior não pudesse alterar aquilo que foi implementado em governos anteriores. A democracia é, em sua essência, incompatível com qualquer projeto de mudança profunda e irreversível da ordem social, por pior que posa ser essa ordem social em determinado momento da história. Um conservador não consegue aceitar que nenhuma ordem social que já tenha demonstrado ser um conjunto de mortes, fome e miséria humanas. Nos últimos 300 anos não houve nenhum experimento revolucionário que não trouxesse essas consequências, portanto, para um conservador, não é possível enxergar que experimentos futuros possam ser diferentes do que a história já mostrou.

Em virtude disso, a democracia é o oposto da teoria revolucionária, a experiência democrática consiste em um governo que tenham experiências sociais revogáveis e de curto prazo, que possam ser substituídas, caso demonstrem ser ineficazes para a sociedade. A proposta revolucionária é de cunho eminentemente irreversível e de longo prazo e não permite que se questione essa transformação. 

Se levarmos ao seu conteúdo original, a proposta revolucionária visa não somente a transformação de uma sociedade e sim a transformação de mundo e também da natureza do individuo. 

Fica impossível discutir de forma democrática com alguém que não respeita nem sequer a natureza do interlocutor, vendo nela apenas a matéria provisória da humanidade futura. Amigos, é burrice acreditar que comunistas, socialistas, fascistas, nazistas e coisas afins, possam coabitar pacificamente no seio da esfera democrática com facções políticas muito menos ambiciosas, seria uma especie de "Daniel na cova dos Leões", sendo que o "Daniel" em questão, não teria o apoio de Deus!!!


Portanto, queridos amigos, não podemos deixar de identificar aqueles que verdadeiramente buscam a democracia, durante quase 50 anos, os brasileiros foram impregnados silenciosamente por uma crescente hegemonia do pensamento de esquerda, até para combater esse pensamento, se utiliza da linguagem desse pensamento. 

É necessário que as novas gerações voltem a estudar, comece a pesquisar as experiências históricas humanas e aprender com elas, esse procedimento está longe de ser “desprezível”, isso é ser democrático, buscar evoluir com experiências reais, devidamente testadas e analisadas pela história e não se deixar levar por aventuras utópicas e sem nenhuma garantia a não ser a fé cega no paraíso na terra, paraíso esse que mata, que não aceita ser questionado, que limita o pensar e principalmente o agir. 

Ser conservador, amigos, é querer uma sociedade mais democrática onde o pensar pode ser praticado por qualquer um, onde nenhuma entidade ou governo, diga o que você deve fazer e sentir. Se ser conservador é ser “desprezível”, bem, prefiro ser esse tipo de ser desprezível a ser um potencial “assassino social” ou de um populista sem escrúpulos, como muitos de nossos políticos com mandatos públicos, sejam eles de que partido forem..

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Pensamento do dia...

"O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete"

Aristóteles

Gramsci e a esquerda democrática

Durante seu período de cárcere, Antonio Gramsci estava muito impressionado com a violência das guerras que o governo revolucionário russo teve para submeter  a sua sociedade ao comunismo, pois a sociedade russa, apegada que era  aos valores e práticas de uma velha cultura.  A resistência de um povo extremamente religioso e conservador a um regime que se afirmava destinado a lhe trazer o “paraíso terrestre”, colocou em risco a estabilidade do governo soviético durante mais de uma década, ameaçava acabar com a possibilidade de que o sonho de uma nação comunista pudesse se tornar realidade na antiga União Soviética.

Percebendo esse problema e com o tempo necessário para pensar sobre ela, Gramsci concebeu uma dessas ideias fantásticas, que, de acordo com Olavo de Carvalho, "só ocorrem aos homens de ação quando a impossibilidade de agir os compele a meditações profundas": 

Mas qual ideia seria essa? Muito simples, começar a "adestrar" o povo para o socialismo antes de fazer a revolução!!! Fazer com que todos pensem, sintam e ajam como membros de um estado comunista enquanto ainda vivendo num quadro externo capitalista.

 Assim, quando viesse o comunismo, as resistências possíveis já estariam neutralizadas de antemão e todo mundo aceitaria o novo regime com a maior naturalidade, como parte de sua cultura, sem a necessidade do emprego de força para que isso aconteça, a estratégia de Gramsci era quase que uma inversão da ótica leninista, na qual uma vanguarda organizada e armada tomava o poder pela força, autonomeando-se representante do proletariado e somente depois tratando de persuadir os apatetados proletários de que eles, sem ter disto a menor suspeita, haviam sido os autores da revolução. 

Aqui novamente cito uma frase que se encaixa perfeitamente com a situação que quero colocar, que é outra frase de Olavo de Carvalho: "A revolução gramsciana está para a revolução leninista assim como a sedução está para o estupro". Entendeu? Não? Simples, em vez de utilizar da truculência revolucionária, Gramsci buscava conquistar as massas de uma maneira bem mais suave e profunda e para poder realizar isso, Gramsci estabeleceu uma distinção, das mais importantes, entre "poder" (ou, como ele prefere chamá-lo, "controle") e "hegemonia". 

O "poder" ou o "controle" é o domínio sobre o aparelho de Estado, sobre a administração, o exército e a polícia. 

A hegemonia é o domínio psicológico sobre a sociedade. 

Lenin buscou tomar o poder, para assim conquistar a hegemonia, Gramsci, busca justamente fazer o inverso, conquistar a hegemonia para ser levado ao poder suavemente, sem alardes e utilizando as chamadas "vias democráticas". 

Eu não preciso ser um gênio para dizer que o poder, fundado numa hegemonia prévia, é poder absoluto e incontestável: domina ao mesmo tempo pela força bruta e pelo consentimento popular. isso é possível, muito em função de uma extensa campanha de repetição de conceitos e de "verdades", construindo gerações de "autômatos mentais", que não se permitem a esses cidadãos, a capacidade de ter pensamento próprio e fugir da máxima que é colocada por quem detêm o poder.

Um governo revolucionário aos moldes do leninismo busca a repressão, através da violência as idéias que sejam diferentes das suas.

E ai vem a grande inteligência de Gramsci, pela sua estratégia, se espera chegar ao poder quando já não houver mais idéias que sejam diferentes no repertório mental da sociedade,é importante lembrar que Gramsci era um fã de carteirinha de Maquiavel e usou as idéias de seu conterrâneo de acordo com os seus interesses e sua realidade, em vez de um líder revolucionário (ou um "condotierre" como escreveu Maquiavel, que para chegar ao poder, utiliza de todos os meios e sempre com a aparência de um salvador da pátria), Gramsci prega a utilização de uma entidade coletiva, o que ele chamou de "vanguarda revolucionária".

Com isso, Gramsci faz com que o partido (vanguarda revolucionária) seja uma espécie de "Príncipe" maquiavélico, com um detalhe importante, o "condottiere" da Renascença não tinha apoio senão de si, e tinha de suportar sozinho os conflitos entre consciência moral e ambição política, encontrando no patriotismo uma solução de compromisso. 

Já na "vanguarda revolucionária", a produção de controle da consciência das massas é trabalho da equipe, e nas fileiras de militantes há sempre uma imensa reserva de talentos teóricos que podem ser convocados para produzir justificações do que quer que seja (na esquerda brasileira isso ficou muito claro nos partidos que se diziam apenas socialistas e que respeitavam as regras democráticas) e isso funcionou muito bem desde que o pensamento gramsciniano começou a ser estudado e praticado pela esquerda brasileira, durante anos foi colocado no imaginário político brasileiro, que somente a esquerda buscava o chamado "bem comum" e que aqueles que defendiam idéias diferentes eram "Fascistas", "Nazistas" ou corruptos (minha geração cresceu com a ideia de que a direita era formada somente por militares e por políticos corruptos como Paulo Maluf);

Por isso não acredito nesse discurso de que não existe mais direita e esquerda, de que existe um grupo de esquerda democrática, que pensa somente em chegar ao poder através das vias democráticas, o pensamento esquerdista se baseia, dentre outras coisas, em uma intervenção do estado nos diversos segmentos da sociedade e não somente na economia (esse foi um erro terrível dos liberais que pensavam que, não deixando a esquerda controlar a economia, estariam preservando o capitalismo), mas na cultura, na imprensa, no comportamento, dentre outras coisas, muito cuidado com isso.


Uma vez Flamengo...por que não os outros

Entramos em uma semana importantíssima para o futuro do futebol brasileiro. E não falo apenas por ser mais uma decisão de Libertadores (...