terça-feira, 21 de outubro de 2014

História, ahhh...a História!!!

Os meus queridos e fiéis leitores deste blog sabem que além de "aprendiz" de escriba, este blogueiro também é versado em uma ciência chamada História, que de tão judiada e mal interpretada, muitos acreditam que ela não seja importante e mais, alguns acreditam que ela até tenha fim! Mas, independente disto, meus colegas historiadores sabem que não se analisa nada, sem que se faça uma contextualização, uma adequação ao momento em que tal fato ou tal movimento foi ou não realizado, e quais as condições materiais, econômicas, culturais e sociais que influenciavam o processo, no momento em que o mesmo acontecia.

Durante esse processo eleitoral, muito me chamou a atenção algumas comparações "históricas" que foram apresentadas como verdades absolutas, como se não existisse nenhum contexto, nenhuma das técnicas de analises históricas que aprendemos na academia. As comparações são realizadas como se os fatos acontecessem no mesmo período histórico e com as mesmas condições citadas anteriormente.Isso vindo de militantes, coordenadores de campanha ou de apenas pessoas que não tenham embasamento histórico para analisar, eu até compreendo e, vá lá, aceito. 

Agora, esse tipo de analise, vinda de pessoas com conhecimento técnico em história, sociologia, em ciências humanas em geral, isso eu não tenho como "perdoar', é uma agressão a todos os métodos científicos de analise histórica. A paixão política acaba cegando aqueles que têm, por obrigação técnica e acadêmica, a capacidade de entender como se dão esses processos históricos. Sei que o assunto não é dos mais agradáveis, alguns amigos e colegas irão reclamar deste texto, mas n~~ao aguento mais essa  afronta contra uma das mais belas áreas do conhecimento humano.

Que se tenha uma ideologia, um partido, um projeto de poder, tudo isso é válido e perfeitamente compreensível, uma pena que alguns colegas e algumas excelentes pessoas com conhecimento técnico se deixem levar pela ótica dos "marqueteiros de plantão", que apenas enxergam os números de suas pesquisas internas, se nenhuma preocupação em manter o minimo de qualidade nos debates e nas propostas de seus candidatos.

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