segunda-feira, 25 de março de 2013

Minha coluna dessa semana na Gazeta 24 Horas


Morte anunciada

Na semana que passou, mais de 30 pessoas morreram em consequência das chuvas na serra Fluminense, principalmente na cidade de Petrópolis, eu assisti no programa“Fantástico” da rede Globo, que existiam estudos mostrando eu esse desastre todo poderia ter sido evitado. Mas nada foi feito a respeito, no intuito de proteger a população da região, o que acabou gerando mais essa quantidade de mortes em decorrência das chuvas. Os estudos foram realizados durante os anos, de 2007 a 2010. Nesse período, um grupo de geólogos, geógrafos e engenheiros percorreu o bairro Quitandinha, que fica em Petrópolis, na serra fluminense. Essa é uma região frequentemente atingida por chuvas e deslizamentos.
Em 2011, foram mais de 900 mortos. Essa semana, só em Petrópolis, morreram 33. E a pergunta que eu faço é muito simples: Por que nada foi feito para prevenir que a tragédia voltasse a acontecer e matasse, novamente, pessoas da mesma maneira que vem acontecendo há anos sem que nada seja feito para resguardar vidas? Mas isso é muito mais comum, infelizmente, que possamos imaginar. As políticas nesse País são feitas não com o intuito da prevenção e sim da reação. Somente após acontecer algo muito grave, é que a maioria de nossos governantes toma alguma atitude para que providências sejam feitas.
Todo político em campanha fala em planejamento, em ações para combater esse ou aquele problema. Mas poucos acabam sendo aqueles que, de fato, têm a responsabilidade e o compromisso de planejar ações visando a melhoria da sociedade. Muitas vezes é necessário que as ações a serem tomadas não sejam populares, mas imprescindíveis para que seja possível governar visando um objetivo maior. E quando um gestor começa a fazer isso, as “oposições” e oportunistas de plantão, passam a atacar esse gestor, pela coragem de encarar os problemas de frente. Planejamento significa conhecer o histórico do local que será administrado, suas características e suas dificuldades, para que ações eficazes possam acontecer. Começo a ver alguns governantes com essa característica, um enorme avanço político de nossa sociedade.
Mas ainda existem aqueles membros da chamada “velha” política. Aqueles que se preocupam apenas com seus interesses pessoais ou corporativos, deixando a população como segundo plano. Aparecem nos momentos de tragédia para trazer a sua “solidariedade” com as famílias das vitimas, tomarem medidas reativas e de pouca eficácia. Eu tenho um sonho de ver esse País sabendo escolher melhor os seus representantes e que cobrem dos eleitos, os compromissos assumidos nas campanhas eleitorais. Sonho com uma sociedade que entenda o seu papel político e sua força de organização e participação. São utopias? Pode ser, mas quero muito que isso aconteça e que tragédias como as da serra fluminense e a que aconteceu no litoral do Paraná, possam ser evitadas e não tratadas como “fatalidades”.
Uma ótima semana para todos!

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