segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Coluna de Dislene Freitas

Mais uma vez coloco aqui a coluna de Dislene Freitas no jornal Gazeta 24 Horas, como sempre, um excelente texto:


Abaixo da Linha do Equador cá estamos, vivendo e assistindo dia após dia a degradação do pensamento e se o pensamento está degradado a atitude também está degradada. São nos momentos que exercemos a nossa coletividade que a evidência fica ainda mais nítida.
Em especial no Brasil, nos últimos dias, os fatos mais recentes da vida política e pública estão escancarados e cheiram mal, mas quem se importa? Quantos se importam? Como se importam? Por quanto tempo se importam? São muitas as perguntas que devemos nos fazer.
A escala de valores começa a partir da rua que moramos, da cidade que vivemos até chegar ao Senado Federal, a Presidência da República, retornando em movimentos recíprocos e contínuos. Pois bem, tudo o que vivemos é natural? Ou cultural? Eu e você sabemos a resposta.
Diante da profunda contribuição que o filósofo Aristóteles fez ao ocidente, uma citação em especial norteará a nossa conversa semanal: O que vem da natureza é natural o que vem do homem é cultural. E então, que cultura estamos fazendo?
Ao acessar os veículos de comunicação no Brasil é nítida a massificação e a deturpação, é raridade assistir uma informação que possa edificar, que possa transformar a consciência individual e coletiva. Notícia, meramente a notícia importa, se for sensacionalista é ainda mais praticada, ainda mais exacerbada, é ainda mais valorizada e vendida. Muitas vezes não compreendemos o porquê o país não atinge o seu extraordinário potencial. Admiramos os índices dos demais países sem menos tentar uma análise da cultura praticada por eles e praticada por nós.
É nossa responsabilidade examinar as ações e principalmente as reações por nós praticadas. A vida política, vida pública e a vida cultural são a nossa somatória. Se não estamos contentes e satisfeitos então mudemos nossa postura e atitude. O ano está simplesmente começando, não basta simplesmente dizer que isso ou aquilo não presta é necessário aprofundar, é necessário buscar outros modelos, modelos que possam atender e atingir as atuais necessidades.
Filosofia não é apenas uma disciplina, é uma busca para a ação. Vivemos um período onde muitos abdicaram do dever e do direito de pensar e de se posicionar, é mais fácil apenas consumir notícias e padrões estabelecidos de comportamento.
Que a próxima semana traga para todos nós o ano de 2013, de fato, de dever e de direito. Aguardaremos ou agiremos? Alegria, inspiração e vontade!

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